
A segunda-feira (1) começa com os preços internacionais do milho futuro registrando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
As posições do cereal norte-americano seguiram os movimentos de desvalorização registrados por soja e trigo neste primeiro pregão de dezembro.
Segundo a análise da Agrinvest, uma parte da pressão veio do farelo de soja, que recuou pela terceira sessão consecutiva diante do enfraquecimento dos basis nos Estados Unidos e pelas margens negativas de processamento na China.
O site internacional Successful Farming destaca também a influência negativa do trigo, que recuou devido a sinais de melhoria nas safras em áreas de cultivo globais, já que a Comissão Europeia prevê agora que a produção de trigo na União Europeia tenha um aumento de mais de 9% em relação à média dos últimos cinco anos e um acréscimo em relação às cerca de 111 milhões de toneladas do ano anterior.
Por fim, o site internacional Farm Futures acrescenta ainda pressão vinda da expectativa de uma safra recorde nos EUA e pela perspectiva de alta oferta em 2026. Por outro lado, notícias de novos negócios de exportação, alimentou ainda mais o otimismo associado a um ritmo recorde de demanda no início do ano comercial de 2025/26 e ajudou a trazer algum suporte para as cotações.
O vencimento dezembro/25 foi cotado a US$ 4,32 com desvalorização de 2,75 pontos, o março/26 valeu US$ 4,45 com queda de 2,75 pontos, o maio/26 foi negociado por US$ 4,53 com baixa de 2,50 pontos e o julho/26 teve valor de US$ 4,59 com perda de 2,25 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (28), de 0,63% para o dezembro/25, de 0,61% para o março/26, de 0,55% para o maio/26 e de 0,49% para o julho/26.
Mercado Interno
Já na Bolsa Brasileira (B3), a segunda-feira foi de movimentações positivas para os preços futuros do milho, que chegaram a avançar mais de 2% no início da tarde.
De acordo com a análise da Grão Direto, o mercado futuro já está antecipando o cenário de janela de plantio apertada para a segunda safra de milho de 2026, diante do atraso no plantio da soja no Cerrado e no Matopiba, que também deve postergar a colheita e, na sequência, a semeadura do milho.
“O mercado futuro já antecipa esse cenário e incorpora prêmios de risco na curva do milho para o segundo semestre do próximo ano. Como a safrinha representa cerca de 75% de toda a produção nacional, qualquer impacto relevante tende a pressionar a oferta”, pontuam os analistas.
A consultoria destaca ainda que o milho também deve manter o movimento de valorização no mercado interno. “A crescente preocupação com o clima para a próxima safrinha, somada a uma demanda doméstica firme, sustenta os preços, mesmo diante da pressão baixista do cenário internacional”.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
O vencimento janeiro/26 foi cotado a R$ 74,22 com valorização de 1,38%, o março/26 valeu R$ 75,88 com ganho de 1,24%, o maio/26 foi negociado por R$ 75,16 com elevação de 1,23% e o julho/26 teve valor de R$ 71,00 com alta de 0,17%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho registrou poucas alterações neste início de semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização apenas em Sorriso/MT e percebeu valorização somente em Brasília/DF e Machado/MG.