O Analista de Mercado da Royal Rural, Ronaldo Fernandes, aponta que as compras das traders para exportação em dezembro estão muito fracas e as indústrias de ração no Brasil começam a diminuir as compras para as paralisações de final de ano.
Apesar disso, há um movimento de produtores segurando as vendas, o que impede os preços de caÃrem no mercado fÃsico e, na visão de Fernandes, deve sustentar as cotações no Brasil durante essa reta final de 2024.
Para 2025, o analista destaca cenário de atenção para as exportações brasileiras, que perderam espaço de mercado em 2024 e vão enfrentar mais concorrência de Estados Unidos, Ucrânia e Argentina.
Diante disso, Fernandes considera que há boas oportunidades de trava para comercialização futura da segunda safra de 2025, mas ainda deixando espaço para acompanhar o clima da segunda safra do ano que vem e vender partes mais à frente.
As movimentações da B3 nesta sexta-feira registraram queda de 0,35% para o janeiro/25, cotado à R$ 72,12, perda de 0,40% para o março/25, valendo R$ 73,10, mas alta de 0,38% para o maio/25, negociado por R$ 72,22 e elevação de 0,40% par ao julho/25, com valor de R$ 68,07.
No mercado fÃsico brasileiro, o preço da saca de milho ainda teve mais avanços do que recuos neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do NotÃcias AgrÃcolas identificou desvalorizações em BrasÃlia/DF e Porto de Santos/SP e percebeu valorizações nas praças de Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT e Itiquira/MT.
Mercado Externo
Na avaliação de Ronaldo Fernandes, a Bolsa de Chicago (CBOT) vive um momento de muita incerteza após o resultado da eleição presidencial nos Estados Unidos e a possibilidade de mudança radical nas polÃticas econômicas do paÃs.
O analista ressalta que Biden tinha uma polÃtica de apoio à sustentabilidade, que ajudava os preços de milho e soja para etanol e biodiesel. Já com Trump, o mercado está em compasso de espera se o novo presidente irá manter essa polÃtica ou não.
O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,25 com desvalorização de 1,25 pontos, o março/25 valeu US$ 4,35 com queda de 1 ponto, o maio/25 foi negociado por US$ 4,42 com baixa de 0,75 pontos e o julho/25 teve valor de US$ 4,46 com perda de 0,50 pontos.
Esses Ãndices representaram movimentações negativas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (21), de 0,29% para o dezembro/24, de 0,23% para o março/25, de 0,17% para o maio/25 e de 0,11% para o julho/25.