A segunda-feira (25) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando mais um pregão com desvalorizações na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 67,61 e R$ 72,40, com recuos de até 1,12%.
De acordo com a análise da Agrinvest, os futuros do milho registraram forte queda na B3, completando sua oitava sessão consecutiva de baixa e atingindo o menor patamar desde 08 de outubro.
“O programa de exportação do Brasil segue lento, devido à menor competitividade frente a EUA, Argentina e Ucrânia. A safra de milho verão apresenta bom desenvolvimento e diante do recente fortalecimento dos preços, as margens do produtor melhoraram, o que pode estimular a manutenção ou aumento da área do milho segunda safra 2025”, apontam os analistas da consultoria.
A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) até o momento em novembro alcançou 3.462.852,7 toneladas. O volume representa apenas 46,75% do total exportado no mesmo mês do ano passado, que ficou em 7.405.902,9 toneladas.
A média diária de embarques nestes primeiros 14 dias úteis do mês ficou em 247.346,6 toneladas, representando queda de 33,2% com relação a média diária embarcadas de novembro do ano anterior, em ficou em 370.295,1 toneladas.
Na opinião de Ronaldo Fernandes, Analista de Mercado da Royal Rural, o mês de novembro deve ser fechado com exportação de milho ultrapassando 5 milhões de toneladas, ainda refletindo um bom momento de compras das traders.
Já para dezembro, a expectativa é de que esses volumes sejam consideravelmente menores. “As exportações são bem menores do que em 2023, estamos tentando chegar em 40 milhões de toneladas, mas ano passado foram mais de 50. Agora a gente já acompanha uma desaceleração de novos negócios para dezembro e isso preocupa um pouco, os volumes que vão ser exportados em dezembro”, diz Fernandes.
No mercado físico brasileiro o preço da saca de milho teve movimentações negativas neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações em Sorriso/MT e Brasília/DF. Já as desvalorizações apareceram em Rio do Sul/SC, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
Na B3, o vencimento janeiro/25 foi cotado à R$ 71,31 com desvalorização de 1,12%, o março/25 valeu R$ 72,40 com queda de 0,96%, o maio/25 foi negociado por R$ 71,64 com perda de 0,80% e o julho/25 teve valor de R$ 67,61 com baixa de 0,68%.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro também finalizaram as operações desta segunda-feira contabilizando flutuações negativas.
Segundo informações de Vlamir Brandalizze, Consultor de Mercado da Brandalizze Consulting, o mercado do milho em Chicago começou a semana olhando para outras duas commodities em queda, o trigo e o petróleo.
“Saíram informações de novas vendas de milho dos Estados Unidos e isso ajudou a dar uma sustentada na casa dos US$ 4,20. Não pode perder esse patamar de US$ 4,20 porque aí perdem as posições futuras também e vamos começar a ver a nova safrinha brasileira também com pressão de baixa. Esse foi um dia de queda, mas não uma tendência de queda”, afirma Brandalizze.
O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,24 com queda de 0,75 pontos, o março/25 valeu US$ 4,33 com baixa de 2,25 pontos, o maio/25 foi negociado por US$ 4,39 com perda de 2,75 pontos e o julho/25 teve valor de US$ 4,43 com desvalorização de 3,00 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (22), de 0,18% para o dezembro/24, de 0,52% para o março/25, de 0,62% para o maio/25 e de 0,67% para o julho/25.