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Vacinação Contra Gripe Aviária Ajuda a Manter o Fluxo do Comércio Global, Diz OMSA Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal, mais de 633 milhões de aves foram perdidas por causa do vírus nas últimas duas décadas
Reuters 23/05/2025 Atualizado há 2 meses
Getty Images Anúncio vem após 28 dias sem registro de novos surtos.
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A vacinação mais ampla dos animais poderia ajudar a impedir a disseminação de doenças mortais, proteger a saúde pública e manter o fluxo do comércio global, disse o chefe da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), em momento em que a gripe aviária afeta parte das exportações brasileiras de carne de frango.
O Brasil, o maior exportador de carne de frango do mundo, confirmou seu primeiro foco de gripe aviária altamente patogênica em uma granja comercial, em Montenegro (RS), na semana passada, o que levou a proibições de exportação de por parte de vários países.
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FORBES AGRO ABPA Confirma Queda na Exportação de Carne de Frango após Gripe Aviária, Mas Vê Impacto Menor Embora a maioria dos países conte com políticas de controle e restrições, a organização afirma que a vacinação poderia ajudar a reduzir os surtos e, ao mesmo tempo, preservar o comércio.
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“A vacinação é uma ferramenta, é uma ferramenta muito boa quando existe, mas cabe a cada país, região ou grupo de países identificar em que caso será útil usá-la ou não”, disse Emmanuelle Soubeyran, a diretora geral antes do início da assembleia geral da OMSA.
Mais de 633 milhões de aves foram perdidas por causa da gripe aviária nas últimas duas décadas, informou a entidade, sediada em Paris, em um relatório divulgado nesta sexta-feira (23).
A doença desencadeou o abate em massa, causou bilhões em prejuízos econômicos e interrompeu as cadeias de fornecimento de alimentos em todo o mundo.
A gripe aviária também se espalhou para mamíferos, incluindo vacas leiteiras nos Estados Unidos, e infectou centenas de pessoas, levantando preocupações de que poderia desencadear uma nova pandemia.
Se implementada adequadamente, a vacinação limita a propagação do vírus, protege a saúde animal e reduz o risco de infecção humana. No entanto, é caro desenvolver vacinas e implementá-las, e os programas de vacinação geralmente levam a restrições comerciais devido ao receio de que uma doença possa circular sem ser notada.
No Brasil, o Instituto Butantan desenvolveu um imunizante contra o contra H5N1, que mostrou eficácia em testes pré-clínicos, mas precisa evoluir à testagem em humanos. O Instituto aguarda desde agosto de 2024 a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar uma pesquisa clínica da vacina em humanos.
Na França, um esforço nacional de vacinação de patos ajudou a reduzir os surtos de gripe aviária de mais de 300 para apenas 10 em um ano. Em janeiro, os EUA e o Canadá flexibilizaram a proibição das importações de aves francesas, citando a boa rastreabilidade e o monitoramento.
A maioria das campanhas de vacinação contra a gripe aviária concentra-se em aves de vida longa, como patos ou reprodutores. Os frangos de corte normalmente não são vacinados porque tem um ciclo de vida mais curto, o que pode limitar o uso imediato nos principais países exportadores de aves.
A vacinação ajudou a eliminar ou controlar outras doenças animais, incluindo a peste bovina em 2011, a primeira doença animal erradicada globalmente e apenas a segunda de qualquer tipo erradicada depois da varíola em humanos, disse a OMSA em seu relatório.
Para lidar com as preocupações de que as vacinas possam atrapalhar o comércio, a OMSA está trabalhando em padrões globais para distinguir as aves vacinadas das infectadas, o chamado princípio DIVA.
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