O que mais preocupa no cenário global de oferta e demanda de milho neste momento? O desenvolvimento da safrinha brasileira? As expectativas crescentes para a safra 2025/26? O comportamento das exportações? Da demanda interna? A influência da polÃtica e economia nos preços daqui em diante? Perguntando para um grupo de produtores a resposta da maioria, primeiramente, foi: a safrinha, com certeza! Mas, todos disseram que seria bom saber o que devemos esperar de um dos nossos principais concorrentes, naturalmente.
"A qualidade do milho segunda safra hoje está boa. Não vou dizer extraordinária porque ainda há alguns problemas no leste de Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, mas o Mato Grosso, que hoje responde por 50% da produção da segunda safra brasileira, está com condições muito saudáveis, muito favoráveis para a produção de uma safra robusta", explica Matheus Pereira, diretor da Pátria Agronegócios. "Não temos recorde de área este ano, o último recorde foi há dois anos, mas a produtividade caminha muito bem, em especial no Mato Grosso que pode atingir um recorde para o estado".
Em entrevista ao NotÃcias AgrÃcolas, Lamb ainda destacou que há mais produtores, de outras regiões importantes de produção, apontando dificuldades como estas que têm sido sentidas em MaracaÃ, com a necessidade de observação aos custos de prdodução, à s relações de troca e e as margens de rentabilidade que a safrinha deve trazer.
No Paraná, segundo maior produtor de milho do Brasil, as chuvas são aguardadas com ansiedade pelos produtores. Nesta quinta-feira (27), o Deral (Departamento de Economia Rural do Paraná) manteve sua estimativa para a safrinha em 15,9 milhões de toneladas, mesmo número do mês anterior, mas com ressalvas.
Milho sofrendo em Floresta/PR - Foto: Grupo Agrotempo
De acordo com informações do portal Agroclima, há cidades no Paraná que poderiam ter decreto de emergência por conta da seca pela qual passam, impactando diretamente nas lavouras de regiões como Toledo, por exemplo. "Em função da falta de chuva e das altas temperaturas dos últimos dias, houve prejuÃzo considerável no processo de germinação em muitas áreas, o que resultará em uma redução no estande e, consequentemente, em uma diminuição das produtividades, que será reavaliada ao longo da safra".
Lavouras de milho atingidas pela estiagem em Sertanópolis/PR - Fotos: Marilson Dorigon
Do mesmo modo, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) traz em seu prognóstico para abril condições de chuvas mal distribuÃdas para as regiões Centro-Oeste e Sudeste. "A previsão de redução da precipitação no mês de abril beneficiará a fase final da colheita da soja, mas pode dificultar a evolução do plantio das culturas de segunda safra".