
A quinta-feira (06) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 73,03 e R$ 86,68.
A análise da Agrinvest destaca que, a forte alta de Chicago e a virada do câmbio, com o dólar que passou a subir ante ao real na tarde de quinta-feira, foram os responsáveis por puxar as cotações do milho também na B3.
No mercado interno, os preços também continuam firmes, com o mercado disputando a logística com a soja e enfrentando atraso na colheita do milho safra de verão. “Isso tem refletido na dificuldade de cobertura de algumas indústrias, mantendo os preços do milho fortalecidos”, dizem os analistas da consultoria.
Vlamir Brandalizze, Analista de Mercado da Brandalizze Consulting, aponta que não há oferta de milho neste momento no Brasil e os preços para março seguem na faixa entre R$ 80,00 e R$ 90,00 nas indústrias de ração, se posicionando como o milho mais caro do mercado internacional. A demanda interna segue firme para rações e etanol, o que é refletido nas cotações da B3.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
O vencimento março/25 foi cotado à R$ 86,68 com elevação de 0,37%, o maio/25 valeu R$ 82,00 com valorização de 0,37%, o julho/25 foi negociado por R$ 73,60 com alta de 0,34% e o setembro/25 teve valor de R$ 73,03 com ganho de 0,32%.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho ficou praticamente inalterado neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorização somente na praça de Sorriso/MT.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro contabilizaram um pregão de avanços para as principais cotações.
Esse movimento de recuperação aparece após o susto inicial das tarifações dos Estados Unidos para México, Canadá e China.
Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, destaca que o mercado de Chicago vai se posicionado na faixa entre um suporte de US$ 4,50 e uma resistência de US$ 4,80, se sustentando pela posição dos produtores dos EUA de não negociaram milho abaixo dos custos de produção que está na casa de US$ 4,20.
Outro fator de suporte no mercado desta quinta-feira, foi a suspensão das tarifas sobre produtos importados do México pelo governo americano. Inicialmente a decisão abrange setores com o automotivo, mas podem se estender para todos os grupos que cumprem o Acordo Estados Unidos-México-Canadá.
Um dólar mais fraco, problemas com a logística e a expectativa para medidas do Governo Brasileiro sobre os alimentos também ajudaram nas altas de hoje, conforme apontam os analistas da Agrinvest.
O vencimento março/25 foi cotado à US$ 4,49 com valorização de 9,25 pontos, o maio/25 valeu US$ 4,64 com elevação de 8,25 pontos, o julho/25 foi negociado por US$ 4,70 com ganho de 7,50 pontos e o setembro/25 teve valor de US$ 4,45 com altas de 4,75 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quarta-feira (05), de 2,1% para o março/25, de 1,81% para o maio/25, de 1,62% para o julho/25 e de 1,08% para o setembro/25.